sexta-feira, 26 de novembro de 2010

POLÍCIA DE MANAUS-AM MATA QUE DENUNCIOU GRUPO DE EXTERMÍNIO QUE FAZIA SUCESSO EM PROGRAMA DE TV.


Em Manaus, polícia mata quem os denunciou por grupo de extermínio
OBS:Data desta notícia.4/11/2006

Em Manaus (AM) polícia matou metalúrgico acusando-o de resistir à prisão, contudo na versão da família da vítima o crime ocorreu por motivo por vingança. A esposa dele Ana Angélica Santos, 36, contou que em 1999 o marido dela havia denunciado o policial militar Cláudio José, no Ministério Público Estadual, por envolvimento em um grupo de extermínio e desde essa época todas as vezes que se encontravam, o militar fazia ameaças a Jean.

Policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), mataram ontem o metalúrgico Jean Carlos Cabral da Silva, 36. O metalúrgico teria denunciado o soldado Cláudio José e sua morte teria sido por vingança.Segundo testemunhas, além de Cláudio José, estavam na viatura da Rocam também os policiais Marco Antônio Duque da Rocha e Arlisson Chaves Passos. A vítima saía de uma casa na rua Y no bairro Nova Esperança, zona oeste, quando foi reconhecida pelo militar, ao perceber que estava sendo perseguido o metalúrgico tentou correr, mas foi alvejado. Os três teriam disparado contra a vítima. Em entrevista coletiva o comandante da Rocam coronel Mário Vitor defendeu os policiais e disse que Jean era assaltante e teria reagido a uma abordagem apontando uma arma de brinquedo para a viatura. Segundo o comandante da Ronda Ostensiva Cândido Mariano, Mário Victor, os policiais estavam fazendo uma ronda pelo local, que é conhecido como “área vermelha”, devido ao grande fluxo de tráfico. Ao tentar abordar Jean Carlos, que estava em uma motocicleta em atitude suspeita, foram surpreendidos. O metalúrgico teria levantado a blusa e sacado uma arma que parecia ser uma pistola e apontou para os policiais.Os policiais então reagiram. Após atingirem Jean os próprios policiais encaminharam a vítima para o Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas ela morreu antes de ser socorrida. “Os policiais estavam fazendo o trabalho deles. O Jean não era nenhum santo, na hora da abordagem, ao invés de mostrar os documentos, ele sacou uma arma. A polícia não ia ficar esperando ele reagir e atirou. A ficha corrida desse rapaz é extensa, o problema é que depois que morre todo mundo vira santo” declarou. Já na versão da família da vítima o crime ocorreu por motivo por vingança. A esposa dele Ana Angélica Santos, 36, contou que em 1999 o marido dela havia denunciado o policial militar Cláudio José, no Ministério Público Estadual, por envolvimento em um grupo de extermínio e desde essa época todas as vezes que se encontravam, o militar fazia ameaças a Jean. “Ela contou que estava saindo de casa com o marido e o filho de apenas oito anos quando os policiais pararam o carro e saíram com a arma em punho e atirando. “Depois eles puxaram meu marido pela gola da camisa, como se fosse um marginal e o colocaram no camburão da viatura e o levaram para o hospital”, denunciou.Vizinhos afirmaram que aproximadamente uma hora depois a polícia ainda voltou ao local para juntar as balas deflagradas e a motocicleta e chegaram a fazer ameaças aos moradores que contassem alguma coisa.

Ficha extensa

Para a polícia, a extensa ficha criminal de Jean é prova de que ele não é íntegro. Em 1994 ele foi acusado de arrombar residência, em 1995 e 1996 também foi preso por arrombamento em residências. Em 1999 ele foi acusado de juntamente com quatro homens terem assaltado a empresa Istemac, no Campos Elíseos, zona sul. O último emprego de Jean foi na escola de pára-quedismo onde era instrutor. Ele foi demitido no início deste ano após roubar 12 equipamentos de pára-quedas do local. A última vez que foi preso, foi em dezembro de 2001 após arrombar uma casa no conjunto Jardim de Versalles.O caso está sendo investigado pelo 10º Distrito Policial, mas será encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestros. Os policiais envolvidos no caso continuam trabalhando normalmente.

OBS: Fonte desta notícia.
fonte: Amazoonas, Em Tempo .

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