domingo, 23 de dezembro de 2012

MAIS UM ASSASSINO ATRAZ DAS GRADES


Maceió: ‘Só no Benedito Bentes, eu matei um em cada esquina’, diz acusado de 100 homicídios

Foi apresentado na manhã desta quinta-feira (20), um dos bandidos mais perigosos da capital alagoana: José Cícero Dionísio dos Santos, o “Negão da 12”.
Ele foi preso nesta quarta (19), em Passo do Camaragibe, na rodovia AL-430 com ele, foi detido também o jovem Mateus Souza, de 19 anos.
Na coletiva, realizada na sede da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), as autoridades passaram um vídeo onde Dionísio, como também era conhecido, confessava ter matado mais de 100 pessoas.
Pelos cálculos de cabeça da reportagem do portal Tribuna Hoje, esse número pode ter uma centena a mais, pois, segundo a polícia, só no conjunto Carminha, no complexo habitacional Benedito Bentes, ele assassinou 60 pessoas.
Em cada esquina do Benedito Bentes, eu deixei uma pessoa morta”, diz ele no vídeo-depoimento.
Com o chefe da quadrilha daquela região, foi apreendido um relevante arsenal: seis revólveres calibre 38; uma pistola 9mm; duas espingardas calibre 12; duas espingardas calibre 12 artesanais; três espingarda calibre 28; duas espingardas calibre 20; e quatro espingardas soca-tempero.
Nas costas, ele teria ainda homicídios praticados na cidade de Branquinha e até no estado do Rio de Janeiro, onde passou uns tempos. Lá, na Cidade Maravilhosa, fixou-se no Morro do Chapadão, onde conheceu os donos das bocas-de-fumo Chiquinho e Pedro.
Trabalhando como matador da dupla, Dionísio afirmou ter executado mais de 100 pessoas – apenas no Rio de Janeiro, frise-se – e, usualmente, cobrava R$ 1 mil por morte.
Ele, inclusive, teria participado de chacinas e diversas investidas contra policiais militares e grupos rivais do Morro do Chapadão.
Fuga magistral
Em Alagoas, ele já havia sido preso em 2011, mas fugiu do presídio Cyridião Durval em setembro daquele ano.
Para isso, comprou a chave de uma cela por somente R$ 300 e, por seis meses, dormiu no teto – e no frio -, esperando por um momento de distração por parte de agentes penitenciários.
Quando teve a oportunidade, fugiu. Agora novamente detido, ele foi pego por acusações em roubos e seqüestros no Litoral Norte.
Gangue do Biu
No Benedito Bentes, Dionísio era o chefão da quadrilha que ficou conhecida como “Gangue do Facão”, por desmembrar e decepar suas vítimas, causando assim furor e temor nos moradores da localidade.
O recado era claro: eles haveriam de cooperar com os traficantes da área, senão acabariam daquele jeito.
Não deu outra até chegar uma doméstica e dedurá-los à polícia. Maria de Lourdes de Farias acabou pagando com a própria vida e tendo a inscrição X-9 (dedo-duro, alcaguete) copiada em uma parede com seu sangue.
De acordo com os apontamentos da PC, ele praticava o crime, voltava ao local para ver se alguém havia o ‘dedurado’ e termina seu “serviço”.

Fonte e fotos: Tribuna Hoje


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