domingo, 17 de abril de 2011

DELEGADO DE GANDU NA BAHIA É PRESO ACUSADO DE FORMAR GRUPO DE EXTERMÍNIO


Delegado é preso acusado de integrar grupo de extermínio na Bahia

Agentes da Vara da Infância e Juventude e um policial militar também são acusados de formar quadrilha


O delegado de Gandu (312 km de Salvador), Madson Santos de Barros, foi preso nesta quinta-feira (14) sob acusação de liderar um grupo de extermínio no Estado. Cinco ex-comissários de menores, um ex-carcereiro e um policial militar também já foram presos acusados de integrar o grupo.

A investigação do caso começou após o assassinato, em 1º de maio de 2009, de Marcos José dos Santos Barbosa, morto enquanto dormia. “Ele morava em Gandu e foi vítima desse grupo, que é uma milícia formada por agentes de proteção, policiais militares e o delegado”, afirmou a coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais) do Ministério Público da Bahia, Ediene Lousado.

A operação “Gandu/Pojuca”, referência a cidades baianas em que a suposta quadrilha teria atuação, tem o objetivo de cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, em Salvador e nas cidades de Pojuca, Catu, Simões Filho e Gandu. Até o final da manhã desta quinta, oito dos 11 mandados de prisão haviam sido cumpridos. Também houve apreensão de nove pistolas (cinco .380 e quatro .40), uma espingarda calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres.

De acordo com a Promotoria, a investigação sobre a atuação do grupo de extermínio ainda está em curso. Até o momento a única morte atribuída à suposta quadrilha é a ocorrida em maio de 2009. “Existem casos [de homicídio] suspeitos, mas não podemos relacionar [aos acusados]”, afirmou a promotora Lousado.

A investigação conjunta do Ministério Público e da Secretaria da Segurança Pública, iniciada há um ano e quatro meses, concluiu que o delegado Barros arregimentava pessoas para atuarem como “parapoliciais”. Os agentes de proteção, lotados na 2ª Vara da Infância e Juventude de Salvador e em outras comarcas, eram conhecidos do delegado. Os acusados devem responder pelos crimes de homicídio, extorsão, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e usurpação de função pública, entre outros.

O delegado Barros já havia sido detido por duas vezes. Em 2009, foi encontrado dormindo dentro de um carro em Salvador, sob suspeita de estar bêbado. Acordado por PMs e levado à Corregedoria da Polícia Civil, agrediu um policial de plantão e acabou preso.

No ano anterior, o delegado foi detido após efetuar tiros dentro de um bar. Na ocasião, chegou a tirar a roupa dentro de uma delegacia em ato de resistência à prisão.

OBS:Fonte.


Thiago Guimarães, iG Bahia | 14/04/2011 11:35


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O Centro de Operações Especiais (COE) prendeu na manhã desta quinta-feira (14), no município de Gandu, no baixo sul da Bahia, o delegado Madson Santos Barros. A 'Operação Gandu/Pojuca' que foi solicitada pelo Ministério Público do Estado (MP/BA), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), visa cumprir 12 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.

De acordo com nota enviada do MP enviada à imprensa, dentre os procurados, estão agentes de proteção especial da 2ª Vara da Infância e Juventude de Salvador, que vinham agindo na Região Metropolitana da capital baiana. A ação é realizada em Pojuca, Gandu, Catu e Salvador. Madson e outros presos foram levados para a sede do COE, no bairro de São Cristóvão, em Salvador.

A ação penal contra o grupo foi iniciada na comarca de Gandu pelo crime de homicídio cometido em 1º de maio de 2009 contra Marcos José dos Santos Barbosa, assassinado em sua residência, enquanto dormia, pelo grupo de extermínio liderado pelo delegado. Até o momento já foram cumpridos oito mandados de prisão e apreendidos armas, munições, algemas, coletes e distintivos, segundo informa a coordenadora do Gaeco, a promotora de Justiça Ediene Santos Lousado.

O DELEGADO
Madon Santos Barros foi autuado em flagrante em 2009, por racismo, porte ilegal de arma, desacato e por formar uma milícia na cidade de Gandu, em que era titular. Na época, o Ministério Público apurou que Madson teria contratado homens armados, não-policiais, para acompanhá- lo no “combate” à criminalidade. Os chamados X-9 teriam agindo sem conhecimento da Justiça e sem quaisquer critérios policiais, tendo inclusive vitimado inocentes.

No mesmo ano, Madson foi encontrado desacordado dentro de um Fiat Palio de madrugada, por policiais militares, na rua Jaime Sapolnick, próximo a uma praça no Imbuí. Quando reanimado e conduzido à Corregedoria da Polícia Civil, ele reagiu de forma violenta e agrediu fisicamente e verbalmente o policial de plantão.

De acordo com o delegado da Corregedoria, Adagilson Campos Sobral, Madson usou palavras racistas contra o policial de plantão, e se recusou a fazer o exame de alcoolimia, para verificar se ele estava bêbado. Ainda de acordo o delegado, Madson só aceitou fazer o exame de lesões corporais.

Em 2008, a mesma Corregedoria abriu um processo de investigações contra ele, que foi preso após efetuar diveros tiros em um bar, no bairro de São Cristóvão. Na época, ao chegar na 12ª DP, em Itapuã, o delegado resolveu tirar a roupa, quando soube que seria encaminhado à Corregedoria.

OBS:Fonte.

Midiã Noelle | Redação CORREIO

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